Nós somos o que pensamos, o que acreditamos. E nossos pensamentos e crenças, que originam nossas ações, se baseiam numa entre duas emoções: medo ou amor.
O
maior inimigo de nossas realizações é o medo. Ele pode tomar
várias formas: medo de perder, de não ter, medo de ficar só, medo do insucesso,
medo de não ser feliz, de morrer antes de conseguir ser feliz. Pode aparecer
como raiva, inveja, ciúme, insegurança.
Sua
origem é muito antiga, de muito antes do que podemos nos lembrar. Vem desde a
origem da vida chegando às lembranças particulares de nossa individualidade atual,
passando por todos os processos evolutivos, por todas as épocas, sem limites
geográficos, culturais ou étnicos. Nós passamos por muitas experiências –
vividas, ouvidas, vistas ou lidas – que foram se aninhando, se estabelecendo em
nossa mente. De tão acostumados, nem prestamos atenção a elas. Mas foi esse
conjunto que deu origem a nossas crenças, ou seja, àquilo em que acreditamos e
que movimenta a energia e faz nossa vida ser como ela é. Nós temos o poder de
transformar isso, de escolher o que nos faz sentir bem para se tornar a base que
sustenta a nossa vida e nossos sonhos. Podemos nos acostumar a ter novos
pensamentos, gerando novas crenças, direcionar nossa energia para termos uma
vida melhor. Cabe a nós fazer uma limpeza nos
pensamentos e crenças que não nos servem mais, abrir espaço
para o novo, limpando nossa mente das lembranças e memórias que estamos
fortalecendo e reproduzindo. Entretanto, podemos encontrar dificuldades
para nos livrarmos de nosso medos.
Como
uma árvore, eles têm raízes fortes e muito ramificadas, que não podemos ver e
cuja extensão desconhecemos. Em compensação, como todos estamos entrelaçados
numa rede energética, devido a essa natureza interligada, quando conseguimos
dissolver um bloqueio, na verdade fazemos isso não só na nossa vida em
particular, mas na memória da humanidade, desfazendo aquele nó que impedia o
livre fluxo da energia criadora, melhorando, assim, os padrões de vida do mundo
todo. Libertando-nos dessas
crenças, tirando o peso da angústia, da dor, do sofrimento, da incerteza, da
insegurança, podemos nos integrar novamente à nossa origem, fazendo ressurgir
o Eu Sou, o ser original, criativo,
alegre, seguro e realizador. Quando sabemos o que pode ser feito chamamos a
isso expansão da consciência. Quando o fazemos, realizamos a integração à
consciência divina, permitindo que a luz retorne à mente alinhada com as
possibilidades infinitas do nada. Pois onde não há nada, tudo é possível.
Certamente Deus não pôs as coisas boas da vida atrás de uma vitrine, para que
fiquemos só olhando.