sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Os Companheiros Constantes - "A História da Criação - Parte 2" - 09/10/2013


Continuando, vamos aprofundar ainda mais nesse mundo misterioso por trás do véu, para nos reunirmos a você que está começando a ter mais curiosidade sobre alguns desses detalhes tentadores. Na parte 1, mostramos que a essência de tudo isso é a criação, ou a energia a que foi dada a tarefa de criar todas as coisas, sejam grandes, pequenas, tangíveis e intangíveis. Isso por si só pode ser muito difícil de entender. Vamos novamente tentar dar uma outra visão e talvez isso facilite seu entendimento.

Você é realmente uma parte intrínseca de tudo isso, embora sua construção ainda seja um mistério para que possa juntamente com todos os outros partilharem este pequeno planeta. De muitas formas, é apenas um grão de poeira, embora esta pequena partícula de poeira também seja uma estrutura muito complexa, conectada e separada de muitas maneiras diferentes e diferentes níveis. O que vê como a humanidade, vemos como apenas uma camada separada de uma enorme massa de algo muito mais complexo do que até mesmo a complexa estrutura do corpo humano.

Por si só, de fato é uma construção digna de edição de vários volumes, mas que por agora deixaremos para depois. No momento, vamos nos aprofundar na complexidade, ou melhor, na nos bastidores da simplicidade, a medida que se torna ainda mais fantástico do que os resultados tangíveis do que vê, sente e ouve do seu lado do véu.

Tudo é realmente energia em diferentes tons ou formas de vibração, numa névoa cintilante de luz que parece sólida em um momento e invisível no outro. Todavia, tudo é realmente a mesma coisa, programada para se comportar e ser percebida de determinadas maneiras. Lembre-se: o objeto não existe, a menos que haja um observador – esta é a regra fundamental.  Como no famoso gato do conto que ainda é um marco para todos os seus cientistas [o gato de Schrödinger(*)]. Está o gato vivo ou morto, ou as duas coisas?  Ninguém sabe, porque tem que ser capaz de observá-lo, a fim de decidir o destino do gato.

Assim também é com tudo e seus cientistas já começaram a, literalmente, perceberem isso também. Na verdade, estão apenas arranhando na superfície, à medida que olham para as partículas separadamente, descobrindo dessa maneira o famoso complexo das partículas entrelaçadas.  De fato, uma grande noticia, mas que se perde em todo o burburinho do "noticiário" cotidiano.

No que isso implica? Significa que tudo se acha de fato amarrado, não separadamente, mas enredados em pares de partículas. E falamos de toda a criação. Tudo o que está ao seu redor se comporta da mesma maneira como esta dupla de partículas entrelaçadas. Em outras palavras, cada vez que uma parte é observada, começa a ser e automaticamente fazer tudo entrando no mesmo passo com ela. Esta criação fica piscando e brilhando e evoluindo, adaptando-se cada vez que alguém conscientemente a observa.

É como ligar um interruptor, permitindo que um conjunto de "realidade” comece a surgir.  Esta é a física quântica, ou melhor, a realidade quântica, novamente. Você vive em uma sopa quântica de energia e tudo o que vê é parte da mesma sopa. Em si mesmo, tudo tem a mesma origem, ou seja, todos seus componentes são idênticos desde o início, assim como peças de blocos de construção, todos compostas do mesmo material. Todavia, assim que a consciência entra em cena, cria uma imagem totalmente nova.

Em outras palavras, nada realmente existe. É apenas energia na forma de partículas, como uma névoa de luz cintilante, pronta para se aglutinar em todas as formas, em seres e planetas, em objetos inertes, assim como os mais vitais. Basta lembrar que, quando dizemos "inerte”, não significa estar menos “animado" do que qualquer outra coisa. O fato de uma rocha não se mover, não significa que esteja menos "viva" do que um ser humano, pois todos são iguais. Realmente isso é difícil de digerir, embora realmente esteja começando a chegar à sua essência. O que o separa de nós, de um planeta, de Deus, dos céus acima ou as águas profundas abaixo? Apenas uma coisa, simplesmente o olho do observador, ou melhor, a consciência de que você é, embora numa única parte.

Deus é a energia criativa, mas também é a consciência, pois sem um, o outro não seria. Pura energia que nada mais é do que a energia que precisa da consciência para ser criada. Criar e criação são dois lados da mesma moeda, embora opostos e, como tal, esta dualidade é a origem de tudo.  Precisam ver, ou melhor, observar a Criação de ser e isso é toda a base para a criação. São as duas faces de Deus, se quiser: energia e criatividade, mente criando matéria de sua outra parte, a energia. E é isso que queremos compartilhar com vocês.

Você é, porque a sua consciência o fez assim e sua consciência é apenas uma pequena parte do UM, a base, o fundamento de tudo. É apenas um pontinho em uma enorme tapeçaria da criatividade com todas as coisas que foram feitas para serem conforme Deus as fez. É consciência, que está visível, feitas a partir dos éteres de energia, partículas pairando, prontas e à espera de serem transformadas de novo e outra vez. Como uma tabula rasa, um mar de SEs que desejam tornarem-se para serem olhados, observados, pensado em ser, ao ser criado por uma força de vitalidade, uma consciência de um observador silencioso que tudo observa.

É uma parte disto, apenas uma pequena parte, de modo que o que faz é apenas uma pequena gota no oceano. Mas também é Deus e isso o faz todo-poderoso. Sendo assim, pode mudar o mundo? A resposta é: Claro que sim, mas também é NÃO. É sim, para poder recriar a si mesmo e por isso está recriando seu mundo. Todavia não pode recriar toda a criação. Ou melhor, não pode mudar tudo externamente e começar de novo, por que não está sozinho em seu poder.

Isso é uma enorme lição de cocriação, na separação, a fim de fazer um conjunto de unidades separadas. Apenas um ser pode fazer o que quiser, ele (ou ela) ou vamos apenas usar a palavra Deus, a fim de diminuir a confusão. Então, se você é Deus, você é o único, o Criador, o único observador que define tudo em movimento. Mas isso é apenas o primeiro passo. O próximo passo é este: fazer a separação, de modo que cada partícula tenha de trabalhar em conjunto com todas as outras a fim de criar.

A criatividade precisa ser tão diversa quanto possível e essa diversidade só pode vir da separação, dualidade, ou multiplicidade - a lista das palavras é infinita, mas a verdade fundamental é esta: para garantir o maior número possível de variações, a separação deve ser estabelecida em primeiro lugar. Só então as condições ideais para a criação tornam-se válidas. Precisa de muitos fatores diferentes - ou frações - quanto possíveis, a fim de obter todo um espectro de diferentes possibilidades e essa foi a primeira tarefa do Criador. E assim, a separação foi colocada em movimento - o Big Bang, se quiser. E tudo começou a partir daí.

Agora vamos adicionar em nossa discussão outro aspecto a ser observado: quando vocês humanos falam do Big Bang, referem-se à origem do seu universo. Quando falamos do Big Bang, falamos sobre a origem de todas as coisas. Um Big Bang primário. Estamos falando sobre a origem de tudo e não apenas sobre a sopa primordial que foi o início do que mais tarde evoluiu para ser o seu universo e sua "realidade". No nosso caso, estamos nos referindo a toda a criação.

Tudo começou da mesma forma, como um único pontinho de energia, de luz, que a consciência colocou em movimento por observá-la e através da criação de parâmetros para se tornar algo. Era como algo se incendiando no começo a fim de vê-lo no escuro, pois antes de ser aceso pela consciência, não era visível. Havia, mas como não fora observado, não existia. Mas se tornou TUDO assim que a consciência percebeu e começou a observar e pela observação começou a criar e assim, a mente gerou matéria da energia. Entretanto lembre-se que a matéria é um mero produto da imaginação, é apenas energia aglomerando-se em algo que pode ser observado.

Deixe sua mente o libertar. Sua mente só o está prendendo, porque tentando ver o que ela não pode ver. Ou melhor, o está prendendo, porque quer ver o que ela já pode ver, olhando sobre todo o resto. Já está lá, pronto para ser observado por você, assim como é observado por Deus. Então abra os olhos e deixe sua mente fazer uma pausa e tentar se conectar com essa parte de Deus, que é o verdadeiro você. Então e só então, tudo virá a existir a sua frente.


(*) - O Gato de Schrödinger é um experimento mental, frequentemente descrito como um paradoxo, desenvolvido pelo físico austríaco Erwin Schrödinger em 1935. Isso ilustra o que ele observou como o problema da interpretação de Copenhague da mecânica quântica sendo aplicado a objetos do dia-a-dia, no exemplo de um gato que pode estar vivo ou morto, dependendo de um evento aleatório precedente. No curso desse experimento, ele criou o termo Verschränkung (entrelaçamento).

Canal: Aisha North
Tradução: Candido Pedro Jorge