Continuando,
vamos aprofundar ainda mais nesse mundo misterioso por trás do véu, para nos
reunirmos a você que está começando a ter mais curiosidade sobre alguns desses
detalhes tentadores. Na parte 1, mostramos que a essência de tudo isso é a
criação, ou a energia a que foi dada a tarefa de criar todas as coisas, sejam
grandes, pequenas, tangíveis e intangíveis. Isso por si só pode ser muito
difícil de entender. Vamos novamente tentar dar uma outra visão e talvez isso
facilite seu entendimento.
Você
é realmente uma parte intrínseca de tudo isso, embora sua construção ainda seja
um mistério para que possa juntamente com todos os outros partilharem este
pequeno planeta. De muitas formas, é apenas um grão de poeira, embora esta
pequena partícula de poeira também seja uma estrutura muito complexa, conectada
e separada de muitas maneiras diferentes e diferentes níveis. O que vê como a
humanidade, vemos como apenas uma camada separada de uma enorme massa de algo
muito mais complexo do que até mesmo a complexa estrutura do corpo humano.
Por
si só, de fato é uma construção digna de edição de vários volumes, mas que por
agora deixaremos para depois. No momento, vamos nos aprofundar na complexidade,
ou melhor, na nos bastidores da simplicidade, a medida que se torna ainda mais
fantástico do que os resultados tangíveis do que vê, sente e ouve do seu lado
do véu.
Tudo
é realmente energia em diferentes tons ou formas de vibração, numa névoa
cintilante de luz que parece sólida em um momento e invisível no outro.
Todavia, tudo é realmente a mesma coisa, programada para se comportar e ser
percebida de determinadas maneiras. Lembre-se: o objeto não existe, a menos que
haja um observador – esta é a regra fundamental. Como no famoso gato do
conto que ainda é um marco para todos os seus cientistas [o gato de
Schrödinger(*)]. Está o gato vivo ou morto, ou as duas coisas? Ninguém
sabe, porque tem que ser capaz de observá-lo, a fim de decidir o destino do
gato.
Assim
também é com tudo e seus cientistas já começaram a, literalmente, perceberem
isso também. Na verdade, estão apenas arranhando na superfície, à medida que
olham para as partículas separadamente, descobrindo dessa maneira o famoso
complexo das partículas entrelaçadas. De fato, uma grande noticia, mas
que se perde em todo o burburinho do "noticiário" cotidiano.
No
que isso implica? Significa que tudo se acha de fato amarrado, não
separadamente, mas enredados em pares de partículas. E falamos de toda a
criação. Tudo o que está ao seu redor se comporta da mesma maneira como esta
dupla de partículas entrelaçadas. Em outras palavras, cada vez que uma parte é
observada, começa a ser e automaticamente fazer tudo entrando no mesmo passo
com ela. Esta criação fica piscando e brilhando e evoluindo, adaptando-se cada
vez que alguém conscientemente a observa.
É
como ligar um interruptor, permitindo que um conjunto de "realidade”
comece a surgir. Esta é a física quântica, ou melhor, a realidade
quântica, novamente. Você vive em uma sopa quântica de energia e tudo o que vê
é parte da mesma sopa. Em si mesmo, tudo tem a mesma origem, ou seja, todos
seus componentes são idênticos desde o início, assim como peças de blocos de
construção, todos compostas do mesmo material. Todavia, assim que a consciência
entra em cena, cria uma imagem totalmente nova.
Em
outras palavras, nada realmente existe. É apenas energia na forma de
partículas, como uma névoa de luz cintilante, pronta para se aglutinar em todas
as formas, em seres e planetas, em objetos inertes, assim como os mais vitais.
Basta lembrar que, quando dizemos "inerte”, não significa estar menos
“animado" do que qualquer outra coisa. O fato de uma rocha não se mover,
não significa que esteja menos "viva" do que um ser humano, pois
todos são iguais. Realmente isso é difícil de digerir, embora realmente esteja
começando a chegar à sua essência. O que o separa de nós, de um planeta, de
Deus, dos céus acima ou as águas profundas abaixo? Apenas uma coisa,
simplesmente o olho do observador, ou melhor, a consciência de que você é,
embora numa única parte.
Deus
é a energia criativa, mas também é a consciência, pois sem um, o outro não
seria. Pura energia que nada mais é do que a energia que precisa da consciência
para ser criada. Criar e criação são dois lados da mesma moeda, embora opostos
e, como tal, esta dualidade é a origem de tudo. Precisam ver, ou melhor,
observar a Criação de ser e isso é toda a base para a criação. São as duas
faces de Deus, se quiser: energia e criatividade, mente criando matéria de sua
outra parte, a energia. E é isso que queremos compartilhar com vocês.
Você
é, porque a sua consciência o fez assim e sua consciência é apenas uma pequena
parte do UM, a base, o fundamento de tudo. É apenas um pontinho em uma enorme
tapeçaria da criatividade com todas as coisas que foram feitas para serem
conforme Deus as fez. É consciência, que está visível, feitas a partir dos
éteres de energia, partículas pairando, prontas e à espera de serem
transformadas de novo e outra vez. Como uma tabula rasa, um mar de SEs que desejam
tornarem-se para serem olhados, observados, pensado em ser, ao ser criado por
uma força de vitalidade, uma consciência de um observador silencioso que tudo
observa.
É
uma parte disto, apenas uma pequena parte, de modo que o que faz é apenas uma pequena
gota no oceano. Mas também é Deus e isso o faz todo-poderoso. Sendo assim, pode
mudar o mundo? A resposta é: Claro que sim, mas também é NÃO. É sim, para poder
recriar a si mesmo e por isso está recriando seu mundo. Todavia não pode
recriar toda a criação. Ou melhor, não pode mudar tudo externamente e começar
de novo, por que não está sozinho em seu poder.
Isso
é uma enorme lição de cocriação, na separação, a fim de fazer um conjunto de
unidades separadas. Apenas um ser pode fazer o que quiser, ele (ou ela) ou
vamos apenas usar a palavra Deus, a fim de diminuir a confusão. Então, se você
é Deus, você é o único, o Criador, o único observador que define tudo em
movimento. Mas isso é apenas o primeiro passo. O próximo passo é este: fazer a
separação, de modo que cada partícula tenha de trabalhar em conjunto com todas
as outras a fim de criar.
A
criatividade precisa ser tão diversa quanto possível e essa diversidade só pode
vir da separação, dualidade, ou multiplicidade - a lista das palavras é infinita,
mas a verdade fundamental é esta: para garantir o maior número possível de
variações, a separação deve ser estabelecida em primeiro lugar. Só então as
condições ideais para a criação tornam-se válidas. Precisa de muitos fatores
diferentes - ou frações - quanto possíveis, a fim de obter todo um espectro de
diferentes possibilidades e essa foi a primeira tarefa do Criador. E assim, a
separação foi colocada em movimento - o Big Bang, se quiser. E tudo começou a
partir daí.
Agora
vamos adicionar em nossa discussão outro aspecto a ser observado: quando vocês
humanos falam do Big Bang, referem-se à origem do seu universo. Quando falamos
do Big Bang, falamos sobre a origem de todas as coisas. Um Big Bang primário.
Estamos falando sobre a origem de tudo e não apenas sobre a sopa primordial que
foi o início do que mais tarde evoluiu para ser o seu universo e sua
"realidade". No nosso caso, estamos nos referindo a toda a criação.
Tudo
começou da mesma forma, como um único pontinho de energia, de luz, que a consciência
colocou em movimento por observá-la e através da criação de parâmetros para se
tornar algo. Era como algo se incendiando no começo a fim de vê-lo no escuro,
pois antes de ser aceso pela consciência, não era visível. Havia, mas como não
fora observado, não existia. Mas se tornou TUDO assim que a consciência
percebeu e começou a observar e pela observação começou a criar e assim, a
mente gerou matéria da energia. Entretanto lembre-se que a matéria é um mero
produto da imaginação, é apenas energia aglomerando-se em algo que pode ser
observado.
Deixe
sua mente o libertar. Sua mente só o está prendendo, porque tentando ver o que
ela não pode ver. Ou melhor, o está prendendo, porque quer ver o que ela já
pode ver, olhando sobre todo o resto. Já está lá, pronto para ser observado por
você, assim como é observado por Deus. Então abra os olhos e deixe sua mente
fazer uma pausa e tentar se conectar com essa parte de Deus, que é o verdadeiro
você. Então e só então, tudo virá a existir a sua frente.
(*)
- O Gato de Schrödinger é um experimento mental,
frequentemente descrito como um paradoxo, desenvolvido pelo físico
austríaco Erwin Schrödinger em
1935. Isso ilustra o que ele observou como o problema da interpretação
de Copenhague da mecânica quântica sendo aplicado a objetos do dia-a-dia,
no exemplo de um gato que pode estar vivo ou morto, dependendo de um evento
aleatório precedente. No curso desse experimento, ele criou o
termo Verschränkung (entrelaçamento).
Canal: Aisha North
Tradução:
Candido Pedro Jorge