Toda
a mudança gera medo, porque toda mudança o leva ao desconhecido, a um mundo
estranho.
Se
nada mudar e tudo permanecer estático, você nunca terá medo algum.
Isto
significa que se tudo estiver morto, você não terá medo.
Por
exemplo, você está sentado e existe uma rocha ao seu lado. Não há nenhum
problema: você olha para a rocha e está tudo bem. De repente, a rocha começa a
se mover; você fica assustado. Vivo!
Movimento
gera medo; e se tudo estiver parado, não há nenhum medo. Eis porque pessoas,
com medo de cair em situações temerosas, arranjam uma vida sem mudanças. Tudo
permanece na mesma e a pessoa segue uma rotina morta, completamente esquecida
de que a vida é um fluxo.
Ela
permanece numa ilha própria onde nada muda.
A
mesma sala, as mesmas fotografias, a mesma mobília, a mesma casa, os mesmos
hábitos, as mesmas camas – tudo na mesma.
Entre
isso, no meio dessa mesmice, a pessoa sente-se à vontade.
As
pessoas vivem quase que em seus túmulos.
O
que chama de uma vida conveniente e confortável não é nada senão um túmulo
disfarçado.
Então,
quando você começa a mudar, quando começa na jornada do espaço interior, quando
se torna um astronauta do espaço interior, tudo está a mudar depressa, cada
momento tremendo de medo.
Desse
modo, mais e mais medo precisa ser enfrentado.
Deixe
o medo estar lá. Pouco a pouco começará a desfrutar tanto das mudanças que
estará preparado a qualquer custo.
Mudanças
irão dar-lhe vitalidade. Mais vivacidade, alegria, energia.
Então
você não será como um poço – fechado por todos os lados, estático.
Você
se tornará como um rio correndo em direção ao desconhecido, em direção ao
oceano onde desaparece.
Osho