quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Conversa com Elementais




Luís Fernando Rostworowski: Esta foi uma experiência que eu e o Gabriel tivemos no ano de 2012. Lembrei da energia que senti na época e me deu uma forte vontade de postar novamente. Ela aconteceu em junho de 2012 e foi postada em agosto do mesmo ano:

Estávamos sentados debaixo de uma árvore de uma praça. Eu tinha me perguntado como seriam realmente os Elementais do Ar. O Gabriel, então, me descreveu, vendo através de sua mediunidade: “Alguns parecem fadinhas, com asinhas e cabelo preso dos dois lados, como coques, outros têm como se fossem cavanhaques em forma de lua, cabeças ovais tanto na vertical como na horizontal”. Naquele momento, ele se conectou aos elementais, então eu disse:

- Pergunta se hoje eles estão precisando de algum Raio específico. (Eu tenho costume de pedir Luz para abençoar a natureza).

- Eles apenas sorriram. Eles ficam dançando, cantando e rindo, indo de um lado para o outro, “hehehêhehehêhehehê” várias vozes ao mesmo tempo.

O vento naquele dia estava relativamente forte, concluí que através do canto, eles produziam o vento na sua intensidade e direção. “Qual o tamanho deles?”, perguntei. Eles eram pequeninos, pontinhos no ar.

Após um tempo refletindo sobre como a natureza é harmoniosa, tudo se realiza em alegria, o vento canta quando sopra, ri e brinca no ar numa grande orquestra. “E quando o vento é mais lento, uma brisa, eles devem cantar mais lentamente, certo?”, perguntei.

- Sim - respondeu Gabriel.

- Quando é um furacão ou um tornado, eles mudam a forma de cantar?

- Continuam cantando, mas numa velocidade muito maior, não consigo reproduzir o som que estou ouvindo.

Em minha mente pensei que quando se tratasse de um tornado, os Elementais estariam bravos, ou coisa do tipo, mas quando levantei essa questão, a resposta que tive foi:

- Não, eles cantam e dançam normalmente, com muita alegria. Para eles não há nada de errado em produzir um furacão.

Como a natureza é alegre, como eles são leves, estão sempre brincando e rindo, concluímos naquela manhã.  Era a primeira vez que tínhamos um contato com os Elementais do ar, anteriormente, nós já havíamos tido contato com os Elementais da terra e do fogo, quando um desses veio até nós fazendo caretas e indo de um lado para o outro bem rapidamente e disse: “A Liberdade de vocês depende das suas ações”.

Pedi para um Elfo, como são chamados os Elementais da terra vir conversar com a gente, e assim foi feito.

- Ele está sentadinho ali em cima, balançando as perninhas e olhando para um lado e para o outro - disse Gabriel me mostrando o lugar na árvore em que ele estava; fiz um gesto com a mão e ele respondeu, com movimento que lembrava uma criança.

A partir desse momento escreverei sem indicar que foi o Gabriel quem intermediou a conversação.

- Eu não sei muitas coisas, quem poderia responder melhor é o meu “chefe” (não é bem essa palavra, mas foi a sensação recebida), mas ele está ocupado agora com os outros...

- Por que você não está com eles?

- Dei uma saída, hehehehe – nós dois rimos também.

Como é a relação de vocês com os Devas da Natureza?

- O que eles determinam nós sentimos e executamos em perfeita sincronia.

- Os Devas já foram Elementais?– perguntei.

- Sim, assim como vocês. Aparentemente nós não temos importância alguma, mas se as flores, os frutos, tudo que há na natureza existe é através de nós – quando ele parou de falar, voltou a olhar rapidamente de um lado para o outro, balançando as perninhas e mexendo as mãos.

- A Energia que vocês usam provê de Gaia? - Perguntei.

- Nós somos a Respiração de Gaia – respondeu o Elfo. “Respiração celular gera energia em nossos corpos, logo eles produzem a energia de Gaia”, pensei.

- Vocês sentem frio ou calor?

- Como sentiríamos, se nós produzimos o frio e o calor? – Respondeu o Elemental.

- É verdade, né, amigo? Hoje o vento está mais forte, então sentimos frio, aqui debaixo da árvore é mais fresco... – ele apenas balançou a cabeça e sorriu.

- Um Elemental do ar pode se tornar um Elemental da Terra? – Voltei ao Elfo.

- Alguns fazem essa escolha...

No livro “Mãe Maria Revelações”, Mãe Maria nos conta que os Elementais sofrem influências dos pensamentos humanos, e podem acumular cargas de energias mal qualificadas, por isso é sempre importante orar e enviar Luz para os Elementais. Penso que isso também é uma forma de sanar a “dívida” que temos com a natureza, devido às nossas ações de ingratidão e irresponsabilidade com ela.

- O que acontece com os Elementais que ficam com cargas negativas?

- Nós os tratamos normalmente, porque, para nós, eles não se tornaram diferentes. Apenas, quando isso acontece, o nosso superior vai tentar reverter esse processo, quando não é possível que ele faça isso, então o Elemental é levado para outras autoridades. Os Devas estão sempre cuidando deles, caso contrário vocês não estariam debaixo dessa árvore agora... – Gabriel me explicou a sensação deixada por ele foi que os Elementais com negatividades se tornam “ervas daninhas” e passam a destruir ao invés de construir.

Refleti sobre isso um pouco e pensei “bem que nós poderíamos não querer excluir aqueles de nós que adquirem energias negativas”. Em uma conversa com uma planta, quando ela foi questionada se as plantas teriam espíritos em cada uma delas, ou se toda uma espécie forma um espírito, ela nos disse: “Assim como toda a humanidade é um espírito único, nós também temos aquilo que vocês chamam de ‘eu, ela, ele’, mas na nossa consciência tudo está interligado e formamos um corpo único. A humanidade ainda não tem essa visão, mas está perto de ter”.

Nesse momento passou um carro próximo a onde estávamos, e buzinou freneticamente e agrediu verbalmente outra pessoa no trânsito.

- Como nós queremos subir para patamares mais elevados de consciência, se nós não conseguimos nem respeitar, o mínimo possível, o nosso semelhante? – indagou Gabriel a mim, eu consenti com a cabeça e voltei meu olhar ao chão, nós estávamos com uma feição triste no rosto pensando sobre o assunto. Então, Gabriel voltou a dizer

 - lá nas oitavas de Luz onde o respeito é mútuo e imenso...

- E vocês não estão fazendo nada de diferente agora, heheheh – disse o Elemental.

Quando ele disse isso, eu e Gabriel fizemos uma expressão do tipo “eureca”.

- A humanidade está da maneira que se encontra agora por causa da própria humanidade. Quando vocês vivenciam uma experiência como esta, é porque há uma semente que os leva a isso. Quando alguém reclama dessa experiência, na realidade está regando essa semente. Assim, hoje, as sementes se alastraram por todos os lados, enraizaram-se nas ações humanas. O que vocês chamam de “desabafo” nada mais é do que pedir para alguém regar a semente do problema. O que vocês fizeram agora foi regar a semente do motorista e plantar uma em vocês. Quanto mais vocês dão energia através de palavras e pensamentos a uma situação, mais ela se intensifica.

Gabriel e eu ficamos perplexos, ele tinha razão, quantas vezes nós vemos algo que não condiz com as altas vibrações e ficamos tristes ou reclamos disso, quantas vezes nós regamos a sementinha de energias discordantes?

- Mas, muitas vezes, enquanto eu não falo com alguém sobre um assunto, parece que fica preso dentro de mim... – eu disse ao Elemental.

- Simples, isso é porque vocês ainda não aprenderam a controlar os seus pensamentos – respondeu ele.

- Como quebrar isso...?

- Vocês sabem como quebrar isso: aceitem. Quando vocês julgam alguém ou uma situação, vocês dão energias para que a situação incômoda se perpetue. Com aceitação, a semente morre...

Em seguida, o Elemental se despediu dizendo que seu nome era Tshue, (ou “Tshun”, um som parecido com essas palavras), e pulou dentro da árvore em retorno à “reunião”.

Eu acredito que a natureza tem muito a nos ensinar, não necessariamente através de um canal mediúnico, mas em experiências onde se possa senti-la, respirar a energia e a sabedoria que há no todo de Gaia. Há algum tempo eu costumava me sentir obsidiado por uns espíritos que me causavam muita angústia. Quando percebia isso, eu corria a um lugar onde houvesse árvores e plantas, mesmo que fosse uma única planta ou árvore e ficava observando, sentindo a presença silenciosa e calma delas, aos poucos eu sentia uma alegria e uma paz profunda dentro de mim. Sozinho, talvez, naquela situação, seria mais difícil conseguir me elevar para não ficar à mercê daqueles espíritos, mas com a ajuda da natureza, isso foi possível com muita facilidade.

Lembrando que cada vez que nos aproximamos com amor aos animais e plantas, nós criamos um campo de Unidade com eles, que proporciona proteção para eles e alegrias para nós. Espero que nós, cada vez mais, possamos nos dar essas oportunidades, de sentir o que nós somos em essência: Tudo.


Gabriel: Grato ao Luís Fernando por me lembrar dessa canalização tão abençoada!

Fonte: Sementes das Estrelas
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Revisão de Texto: Luis Fernando Rostworowski