Em algum lugar do passado aprendemos que
devemos ser fortes. Que devemos mostrar para o mundo apenas nossas conquistas e
esconder as nossas dificuldades.
Aprendemos
a nos isolar quando estamos sofrendo e começamos a chorar escondido.
Vivemos
em um mundo de dualidade, onde somente existe um lado porque existe o outro.
Somente a luz porque existe a escuridão. Somente existe o dia porque existe a
noite. Somente existe a vitória porque existe a derrota. Somente existe o amor
porque existe a dor.
E
por isso, eu acredito que temos que valorizar os dois lados. Devemos respeitar
cada momento. Devemos honrar cada parte do todo.
Quem
disse que ser forte é melhor que ser fraco?
Quando
passamos a acreditar nisso, nos desconectamos enquanto sociedade.
Nossas
revistas mostram casos de sucesso, jovens que ficaram milionários antes dos 30,
pessoas que conquistaram o mundo e somente atletas que subiram no topo do
pódio. Nossas timelines estão cheias de gente feliz, compartilhando sucesso,
viagens incríveis e momentos de alegria infinita.
O
que há de errado nisso? Nada de errado. Certamente é muito gostoso compartilhar
todas as nossas conquistas e queremos que as pessoas saibam das coisas legais
que acontecem nas nossas vidas. Eu tenho compartilhado muitas delas também.
Mas
para cada caso de sucesso existem milhares de fracassos.
Para
cada medalha existem centenas de derrotas. Para cada segundo de glória existem
horas e horas de choro, exaustão e momentos de quase desistência.
O
que eu quero dizer com isso?
Que
todos somos vulneráveis. Que todos temos nossas dificuldades e todos sofremos
em silêncio.
E
o problema de sofrer em silêncio é que ninguém pode te ajudar. Quando você
chora escondido, ninguém consegue te ajudar. Ninguém sabe que você precisa de
ajuda.
Não
precisamos de mais heróis. Não precisamos de casos de sucesso.
Precisamos
de pessoas que se importam umas com as outras.
Precisamos
de pessoas que estão dispostas a abrir mão de si mesmas para ajudar o outro que
está precisando nesse momento.
Amanhã
você também vai precisar.
Baixe
a guarda. Peça ajuda.
É
na vulnerabilidade que as pessoas se conectam. Ninguém se conecta com quem só
compartilha vitórias.
Eu
baixei minha guarda nos meus textos nos últimos meses. Eu escancarei minha vida
no primeiro capítulo do meu livro.
E
a vida passou a tomar conta de mim.
Eu
sei que não estou sozinho. Sei que existem hoje milhares de pessoas que estarão
dispostas a me ajudar quando eu precisar.
Eu
só preciso baixar a guarda e levantar a mão.
Autor: Gustavo Tanaka - Autor de "11 Dias de Despertar"
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